Descrição
Escrita e Comida
Nina Horta – Literatura de Sensações
4 Aulas com Luiza Fecarotta
Observação de uma obra com escrita afetiva e crítica do cotidiano da comida
exercícios de escrita e degustação
R$1.480,00
Luiza Fecarotta, jornalista especializada em gastronomia, conduz este curso sobre escrita e comida, a partir da obra da mais importante cronista gastronômica do Brasil, com exercícios de texto e degustações de receitas da autora.
O curso propõe uma escavação arqueológica da obra de Nina Horta, que reflete astúcia na observação afetiva e crítica do cotidiano da comida. A intenção ao longo das quatro aulas é identificar as várias camadas de sua literatura, capaz de evocar cheiro, temperatura, sabor e que resulta na criação de um novo jeito de pensar a comida.
A cada aula, receitas da cronista para degustações em sala. E, a jornalista Luiza Fecarotta irá conduzir exercícios de escrita relacionados aos temas abordados a respeito da obra da autora.
Sobre Nina Horta e o curso de Luiza Fecarotta
Nina Horta morreu em outubro de 2019 e sua escrita segue influenciando jornalistas, escritores e cozinheiros da mesma forma desde os anos 80. Seus livros “Não É Sopa” (de 1995, reeditado em 2020) e “O Frango Ensopado da Minha Mãe” (2014), ambos lançados pela Companhia das Letras, servem de fio condutor para tratar da conexão entre literatura e comida.
Como uma forma de homenageá-la, a jornalista e crítica gastronômica Luiza Fecarotta organizou o curso Nina Horta – Literatura de Sensações com o apoio da família da cronista. Voltado a interessados e curiosos em comer, cozinhar, ler e escrever, o curso passeará por autores como Antonio Candido, Rubem Braga, Walter Benjamin e Proust, e poetas como Adélia Prado, Manoel de Barros e Fernando Pessoa.
Programa
Aula 1: Quem é Nina Horta e o que a sua literatura desperta
Crônica e memória
A importância do direito à literatura na sociedade ideal; o que é uma análise informal; duas maneiras de apresentar Nina Horta; a crônica e suas particularidades; traços comuns desse gênero brasileiro na obra da autora; uma nova interpretação da comida por meio da memória
Aula 2: Escrita dos sentidos
A importância da palavra e da observação do mundo
As dimensões da comida e a interferência da cultura nas vivências; como o acervo léxico contribui para narrar experiências sensíveis e encantar o mundo; a língua curiosa e a linguagem da cozinha de Nina Horta; a comida de alma e a comida perversa; a observação como ferramenta para construir ideias; recursos linguísticos
Aula 3: Riqueza narrativa
A subjetividade das receitas; o papel da ambientação; e a contribuição do repertório intelectual
Receita como narrativa; uma cozinheira entre livros e fogão; a utopia da receita inédita; roubar, adaptar, inventar; construção da atmosfera e ambiente como personagem; riqueza de detalhes x excessos; bons cozinheiros precisam ler romances; um guia cultural de Nina Horta: referências de livros e filmes
Aula 4: Literatura de costumes
A comida e o comer ontem e hoje
As modas e as breguices gastronômicas; o exótico e o estrangeiro; fruta do pé e de apalpar no supermercado; o cozinheiro: técnica ou brilho nos olhos? ; o porco, esse poema; o esnobismo x arroz e feijão; cozinhar em casa é chique; a origem do que você come; o simulacro da comida; comer: prazer ou pecado?
Datas e horários
4 Aulas
Junho:1,15,22 e 29
das 19h30 às 21h30