Araruta, Arroz, Mandioca e Milho, farinhas sem glúten (diga-se de passagem) em forma de bolos que vão ao forno em assadeiras e fazem parte da doçaria brasileira tradicional.

Aula comandada pela pesquisadora  e doceira Adriana Lira   proprietária da marca e loja ” Dona Doceira.

Sobre história:
“Estas receitas são centenárias – aproximadamente 1889 e remetem à época aonde a farinha de trigo , chamada de farinha do Reino era cara e  de acesso restrito. Por isso tubérculos como cará, araruta e mandioca eram utilizados para fazer bolos.”

Sobre a origem do bolo de tabuleiro:
“Eram feitos pelas sinhás empobrecidas pela viuvez ou pela ausência do maridos envolvidos com o movimento bandeirante. Elas ensinavam as negras dos engenhos a produzir e vender seus quitutes nas ruas. Por ser popular  essa categoria de bolos ganhavam nomes curiosos como Pé de moleque, Mané Pelado, Tabuleiro da Baiana. O nome tabuleiro ainda é utilizado em Portugal.”

Sobre a textura dos bolos de tabuleiro:
“Como não haviam fornos à gas nem elétricos, os bolos eram cozidos na parte de calor mais suave do forno à lenha, daí sua textura mais densa – semelhante a queijadinha. A textura mais leve e fofinha começou a aparecer nos bolos nascidos no século XX, não só pelo surgimento dos fornos como também do fermento. Até então usava-se cremor de tártaro.”